Crônica - De Repente, Tchau...
De repente, você me disse tchau. Estava tão perdida no verde de seus olhos que não prestei atenção a nada do que se passara antes. Provavelmente deu-me um beijo e sorriu, virou as costas e se afastou, piscou para mim e só então foi embora. Mas não acompanhei nada disso.
Agora só me restavam duas coisas: a lembrança de seu toque e a mistura do meu perfume com o seu, que agora me acompanhava a cada passo dado em minha casa.
O melhor cheiro que poderia sentir. A prova de que esteve aqui. A fagulha de fogo para reacender minhas lembranças a toda hora. O pouco que deixou para trás. O muito que levou embora...
Lembranças de sua passagem naquele lindo dia iam e vinham por minha memória, o problema é que, por hora, ainda feriam-me a alma, por me fazerem sofrer de saudade, amargurada por sentir seu cheiro, mas não ver teus olhos encarando os meus.
Triste fim do dia, ao ouvir um tchau meio embargado, por um triz não acompanhado por lágrimas de dor.
"Mas paciência..." Pensei comigo mesma, tocando o presente que me deixou. "Daqui um tempo ele volta, e você sorri feito louca, até ouvir seu adeus destoando no cenário magnífico do dia, para então sofrer com isso tudo de novo."
Afinal, essa saudade é o mal do amor...
o Mal do
Amor...