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Gabriel Ellan Lobato

Pensamento - About Love


As pessoas provavelmente têm inúmeros motivos para não amar, nesse momento ao ler isso você pode estar citando um desses em silêncio. Talvez a palavra “amor” signifique fraqueza para você, ou talvez os seus amigos dissessem que você é menos homem por isso. Quero que esqueça todos os seus ideais nesse momento (se puder) e leia isso com o coração aberto. Há quem diga que não precisa amar, e que está completo apenas se relacionando com as pessoas que encontra nas festas, sem deixar que isso se torne um vínculo. Me arrisco a dizer que esse é um erro imensuravelmente triste, mas afinal, quem sou eu para estar dizendo isso? Não sou ninguém, mas para alguém, eu sou “o alguém”. Se lembra de quando encontrou aquela pessoa e ali ela se tornou tão querida para você? O relógio batia em seu velho e monótono “tic-tac”, e tudo que você queria era passar a tarde ouvindo o tom da sua voz e lhe contando piadas que provavelmente ninguém riria, mas ela sim. Isso ainda não é amor, talvez já seja algo grande, mas ainda não chegamos lá. O tempo passa e vocês continuam juntos. Você se vê fazendo coisas que nunca imaginaria fazer, talvez odiasse estar fazendo se não fosse com ela; na verdade, pode até não estar gostando tanto de estar ali, mas o sorriso dela, a felicidade dela em te ter naquele momento faz valer a pena. Amar é ver que algo simples que você disse pode ter a magoado e mesmo pensando que não fez nada demais, uma grande dor vem ao seu peito e você só quer protegê-la, nem que seja de você mesmo. É perceber que a palavra “desculpa” não é apenas para quando você fez algo de errado, mas também, para quando você machucou sem querer. É perceber que “estar presente” é mais importante que “dar presente”. É apreciar a curvatura que as costas dela faz quando está chegando à bunda. É achar o umbigo dela o mais lindo do mundo e se perder em um mundo paralelo quando vê o seu sorriso. É traçar caminhos diferentes que ainda assim estão juntos. Por fim, amar é secreto, é difícil, mas é aberto. Amar é puro, quase sempre imaturo. Tão natural, mas às vezes imoral. É ver o lado mais estranho, mas ainda assim apreciar o mais bonito.

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