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Izadora Pedruzzi

Crônica - Fênix


Lágrimas embaçavam meus olhos e, timidamente, refletiam a luz do sol. O celular pendia exausto de minha mão, após horas colado ao ouvido. O pôr do sol a minha frente não parecia mais tão belo ou reconfortante... Pelo contrário. Parecia durar milênios, só porque queria que acabasse. Só porque ansiava a noite para chorar comigo.

Confesso que a meta de te esquecer vinha sendo realizada de forma lenta, mas progredia a cada vez que sorria por outro alguém. Eu estava triunfando. Mas a vida tinha que me surpreender...

Um toque longo e monótono arrancou-me a paz de uma tarde perfeita. Uma foto surgida inesperadamente na tela de meu celular fez meu coração enlouquecer. Minha mente alertava: não atenda! Entretanto, recusei-me a ouvir. Pressionei o botão verde e...

_ Alô?

Simples assim, como uma fênix, você ressurgia das cinzas para atormentar minha vida. E por que me sentia tão bem com isso?

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